Todos os anos numa época onde os sorrisos invadiam não só as crianças, mas também, os brinquedos que esperavam ansiosamente o momento de serem livrados não somente dos papéis, das fitas e das sacolas, mas sim , das caixas em que ficavam confinados até terem a sorte de serem contemplados com um dono.
Durante dias, meses e anos as coisas funcionaram assim, entretanto, um dia, tudo isso acabou. Tudo o que havia sobrado era a poeira, e, a esperança de que talvez, o vendedor, aquele que um dia chamaram de pai, pudesse voltar.
Com o passar do tempo, todos estavam impacientes, não aguentavam mais ficar presos naquelas caixas, até que um dia, libertaram-se da vaga solidão que aquelas caixas proporcionavam.Todos, exceto o soldadinho de chumbo.
Inúmeras foram as tentativas de convencer ao soldadinho para que ele saísse e fosse brincar com os outros brinquedos, mas ele sempre os ignorava com seu silêncio.
O tempo passara, e as marcas desse tempo não deixaram apenas uma camada grossa de poeira na caixa do soldadinho, mas deixara também o mais profundo arrependimento de ter desperdiçado sua vida esperando uma coisa que nunca aconteceria. E como um de seus últimos atos ele saiu da caixa e brincou, mesmo calado e sério, como nunca alguém havia brincado antes. Até que, pisou em uma peça de lego, tropeçou entre seus próprios cadarços e foi arremessado da mesa, com tudo, ao chão. E foi aí, quando estava em pedaços, que então, de seus olhos lágrimas caíram, como água, sobre seu corpo inerte, e, ele dera então seu primeiro e último sorriso.
Fim.
Escrito por : Denise Mendes.
Durante dias, meses e anos as coisas funcionaram assim, entretanto, um dia, tudo isso acabou. Tudo o que havia sobrado era a poeira, e, a esperança de que talvez, o vendedor, aquele que um dia chamaram de pai, pudesse voltar.
Com o passar do tempo, todos estavam impacientes, não aguentavam mais ficar presos naquelas caixas, até que um dia, libertaram-se da vaga solidão que aquelas caixas proporcionavam.Todos, exceto o soldadinho de chumbo.
Inúmeras foram as tentativas de convencer ao soldadinho para que ele saísse e fosse brincar com os outros brinquedos, mas ele sempre os ignorava com seu silêncio.
O tempo passara, e as marcas desse tempo não deixaram apenas uma camada grossa de poeira na caixa do soldadinho, mas deixara também o mais profundo arrependimento de ter desperdiçado sua vida esperando uma coisa que nunca aconteceria. E como um de seus últimos atos ele saiu da caixa e brincou, mesmo calado e sério, como nunca alguém havia brincado antes. Até que, pisou em uma peça de lego, tropeçou entre seus próprios cadarços e foi arremessado da mesa, com tudo, ao chão. E foi aí, quando estava em pedaços, que então, de seus olhos lágrimas caíram, como água, sobre seu corpo inerte, e, ele dera então seu primeiro e último sorriso.
Fim.
Escrito por : Denise Mendes.