Era
véspera de natal. Eu estava bastante angustiado. Eu já não suportava continuar ouvindo
repetidamente aquelas músicas natalinas e nem sequer enfrentar aquela fila
gigantesca do supermercado.
Eu
estava ali, em pé e sozinho, há quase uma hora esperando para ser atendido. O
supermercado estava insuportavelmente lotado. Minhas pernas doíam. Todos ao meu
redor estavam com um semblante fechado e conversavam sobre coisas
desinteressantes e chatas.
Parado
naquela fila, eu segurava meu carinho, eu me arrependia muito por ter deixado para
fazer as compras do natal naquele dia. Quando repentinamente a encontrei. Ao
redor de um ambiente tão estressante, a poucos metros de distância, debaixo de
um uniforme feio e junto com as outras atendentes, eu encontrei seu rosto e seu
sorriso. Eles eram tão atraentes e ternos que me convidavam para olhá-la
repetidamente.
Ela
era uma linda morena dos olhos verdes. Não posso dizer que aquele momento que a
vi foi um momento mágico até porque nunca fui um homem romântico. Mas, admito
que ela realmente conseguiu chamar minha atenção por bastante tempo e que ela
tornou aquele supermercado em um ambiente completamente agradável.
Eu
ainda continuei ali por uma hora. Pensei em muitas coisas, mas naquele espaço
de tempo eu não consegui para de olhar para ela. O seu rosto era tão bonito. Eu
queria entender porque ela me atraía daquele modo. Eu queria convidá-la para
sair e me distanciar daquele lugar tão tumultuado, mas era quase impossível
chegar até ela.
A
fila continuava enorme. Parecia que eu
nunca iria ser atendido. Até que, eu
finalmente cheguei próximo ao caixa dela. Mas justo nesse momento houve um
enorme apagão no supermercado.
Ficou
tudo muito escuro e as pessoas começaram a fazer um grande tumulto. Instantes
depois a luz voltou, porém ela havia desaparecido. E, lamentavelmente outra
pessoa estava no caixa. Aquilo foi decepcionante.
Mais
tarde, ao chegar em casa coloquei as compras na cozinha e minha mãe e, minhas
tias preparam uma ceia farta e repleta de muitos pratos gostosos.
À noite, eu fiquei em casa com minha família até às dez
horas. Depois, eu fui para a festa no condomínio de um amigo.
Desenhado por: Dinho Silva |
Ela estava muito bonita, com um vestido vermelho e com o
mesmo sorriso terno do supermercado. Naquele momento eu não perdi tempo não.
Fui logo me aproximando dela.
Passamos
a noite conversando na varanda, ela era muito inteligente, conversamos bastante
sobre arte, música e sociologia.
No
amanhecer roubei-lhe uns beijos. Acariciei seu rosto terno. Peguei seu número,
gravei no meu celular e a vi partir para sua casa com uma amiga.
Contudo,
antes de partir, ela correu para os meus braços e lhe prometi para seus olhos ternos que nos veríamos novamente.
No
dia seguinte, eu fui assaltado. Perdi o número dela. Depois daquele dia a
procurei no supermercado, perguntei de amigos, mas não a encontrei.
Duas semanas se passaram, eu tinha perdido as esperanças, quando a polícia ligou para meu telefone fixo. Eles haviam capturado o bandido e recuperado o meu celular. Naquele momento a felicidade invadiu meu peito. Fui correndo pegar meu aparelho.
Duas semanas se passaram, eu tinha perdido as esperanças, quando a polícia ligou para meu telefone fixo. Eles haviam capturado o bandido e recuperado o meu celular. Naquele momento a felicidade invadiu meu peito. Fui correndo pegar meu aparelho.
Consegui
recuperar seu número, mas foi difícil convencê-la do que havia acontecido. Ela não queria acreditar em mim. Pensava que
estava mentindo ou inventando alguma desculpa. Porém eu lutei muito, para
recuperar seu carinho e sua ternura.
Consegui
convencê-la de que nos víssemos novamente e quando a encontrei lhe dei um
livro, um buquê de rosas, uma caixa de chocolate e lhe pedir seu perdão.
Então
ela aceitou. Nós começamos a namorar e com o tempo nos apaixonamos cada vez
mais. E agora cinco anos depois desse episódio, eu me casei com ela, e por isso
todos os anos durante as compras do natal, quando entro numa fila de
supermercado, eu lembro com alegria dessa inesquecível história de amor.
Escrito por: Denise
Mendes
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