quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O menino e o velho


O menino então apenas olhou desesperadamente para os lados, com o mesmo olhar de desespero que o havia invadido outras vezes. Cansado, com uma enorme tristeza em si mesmo, começou a caminhar, então, e, não muito longe do lugar que minutos antes estivera ele ouvira uma rouca voz.

-Por que estás triste?
...
Ele então se virou e viu encostado na parede amarela um velho senhor barbado de roupas simples.

-Eu perdi meu livro; respondeu o garoto com um leve desânimo, e, voltando a caminhar.

-E o que pretendes fazer?

-Nada! Eu já o procurei em todos os cantos, mas não consegui achá-lo; disse o garoto parando no lugar em que estava.

-Então, é isso, pretendes desistir tão fácil só por que te pareces difícil?!

-Não, senhor, não me parece difícil, e, sim impossível – falou o garoto direcionando seu olhar para o velho.

-Meu caro, nada é impossível, pode parecer impossível, mas na verdade só é assim, porque acreditamos e vemos as coisas dessa forma.

-O senhor não entende...

-Não!-Falou o velho interrompendo o garoto- Você que não entende que fugir, ou, simplesmente desistir não é a solução- Disse o velho enquanto sentava em um dos bancos que estava ao seu redor.

-Eu não estou fugindo e muito menos desistindo-Falou o garoto afirmando com toda sua convicção.

-Então o que estás fazendo?
...
O silêncio pairou no ar.
O velho então sorriu e disse- Escute garoto não é tarde para tentar novamente ainda tens muito tempo por que não tentas de novo?

-Porque eu tenho medo de não conseguir achá-lo- Falou o garoto cabisbaixo.

O velho riu e disse- Não tenhas medo, mas se tiveres medo não deixe que esse medo amedronte a tua vontade de continuar a tentar.
...
-Escute talvez eu possa te ajudar... Fale-me como é esse livro?

-Eu não sei!Eu nunca o vi; disse confuso o menino.

-Mas se o visse terias certeza de como ele é?

-Não sei dizer, sabe, senhor eu vi muitos livros, mas nenhum deles pareceu ser o meu.

-Ouça nem tudo é o que parece ser. Se quiseres achar seu livro terás que não só apenas vê-lo mais senti-lo.

-Isso não é possível!Senhor um livro tem apenas palavras e palavras não podem ser sentidas.

-Realmente. Desculpe-me as palavras não podem ser sentidas, afinal, algumas sozinhas nem se quer tem um sentido, entretanto, quando as palavras se juntam no que apenas parece ser uma reles folhas de papel elas não apenas te dão um sentido, mas uma compreensão de um mundo surreal muitas vezes inimaginável.

Os olhos do menino brilharam um sorriso até chegou a aparecer, mas os dois depois de alguns segundos voltaram a desaparecer.

-Nossa!Tudo isso muito me encantou, mas existem muitos livros... Como vou saber se o que eu escolhi é o certo?

-Não irás saber nunca se é o certo, pois não há livros errados, por isso não tens como errar, e, mesmo que erres não tens como perder. Porque se tu verdadeiramente conseguires dá uma chance ao livro ele nunca será o errado.

Nesse momento a mãe do garoto entra e diz- Meu filho escolha logo o livro que a biblioteca já vai fechar!


Fim.


Escrito por : Denise Mendes

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Lua






Nos teus olhos há um brilhar
Que agora só quer te admirar.
Nossa! Tu és a mais bela de se ver
Que quem não acha isso só cego pode ser.

Tua face arredondada me faz suspirar
O teu clarão só me faz hipnotizar.
Oh! Anjo do meu lindo anoitecer
Queria poder eu no sempre te ver

Quando a noite se acabar
Minha querida eu começo a chorar,
Porque cada segundo sem te ter,

Meu amor, eu sinto que não vou viver.
Oh!Lua tu só me fazes inspirar
Com tua formosura e lindo brilhar.

Escrito por: Denise Mendes

A Borboleta azul

Voava entre as plantas,a s árvores,entre o cheiro da grama verde e da terra molhada, contra a leve brisa gelada, a pequena borboleta azul, que com suas frágeis asas apenas voava aos campos repletos das mais variadas flores que se podia imaginar.Há dias que ela apenas voava em busca de algo que explicasse a sua existência, que lhe motivasse a ser feliz, que a deixasse em êxtase,que marcasse sua vida.



Dias se passaram e tudo tinha ainda o mesmo gosto, no começo esse gosto era o sentido de tudo, mas com o passar do tempo o gosto mudara assim como a borboleta azul, ela percebera que passar os dias, voando, sem destino, e, aproveitando aquilo que chamara de liberdade,já não tivera mais sentido e nem sequer a deixara tão feliz como antes.Ela então, confusa, decidira não voar mais, passara o dias então,parada, a princípio, ela quisera desitir dessa idéia, mas quando pensara em voltar a voar, suas asas perdiam a força e a tristeza lhe abatia.



Ela então passara dias ,ali, inerte,sobrevivendo aos predadores e as chuvas, até que, chegara um dia que ela olhara sua asa azul e percebera que o azul de suas asas desbotara,percebera que seu corpo também já não era mais o mesmo, ela então entendera que o tempo tinha passado e que com o passar desse tempo ela envelhecera, nesse momento, ela se entristecera, pois, notara que na sua busca incessante de encontrar um sentido abrira mão de viver ,e, fazer aquilo que mais gostava que era voar.Ela então juntara força, toda a que tinha em si, e levantara voo, e, quando fizera isso, sentira uma felicidade jamais sentida antes, ela então voara durante alguns longos e felizes minutos ,até dar um último suspiro e cair à grama verde do chão.


Moral da estória: As vezes passamos dias procurando um sentido, sem perceber, que o mesmo se encontra dentro de nós, por isso não desperdice sua vida pensando no que você poderia ter, dê valor ao que você tem, porque se você não fizer isso pode chegar a um momento de sua vida que você vai perceber que aquilo que você não deu valor era o que mais lhe fazia sentido.